




















Ideação e conceito
Direção de arte e fotografia
Design e elaboração dos vestuários e adornos
Estudo e pesquisa decolonial
MAKING OF:
NEO-CANIBALISMO
Reinterpretação da obra "Mulher Tapuia" (1641), do pintor holandês Albert Eckhout, para a exposição do curso de Moda do Istituto Europeo di Design - IED Madrid.
Este trabalho apresenta uma série fotográfica que explora a sutileza e os detalhes das "vestimentas" e ornamentos de uma mulher indígena da tribo Tapuia, um dos grupos nativos que habitavam o Brasil colonial.
No entanto, para além da pesquisa estética e de vestuário presente como parte do Curso de Moda em que este trabalho foi desenvolvido, os estudantes foram convidados a refletir sobre o contexto cultural em que a obra original (atualmente preservada no Museu Nacional de Copenhague na Dinamarca) contribuiu para o desenvolvimento de uma imagem estereotipada dos povos indígenas na mente dos europeus.
As narrativas sobre o canibalismo representado na obra em questão foram usadas como evidência da suposta "barbárie" dos povos indígenas, retratando-os como "selvagens" e justificando sua subjugação e exploração pelos colonizadores europeus. Essas histórias também foram distorcidas e exageradas como parte de uma estratégia de propaganda para desumanizar os povos indígenas e legitimar a colonização e a "missão civilizadora" dos europeus.
Na realidade, o canibalismo costumava representar uma prática ritual entre os povos indígenas americanos, fundamentada em crenças espirituais, na qual o consumo da carne dos inimigos derrotados era realizado com a convicção de que o grupo receberia seus poderes e atributos, com o objetivo de fortalecer a comunidade.
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